Como serão as cidades do futuro?
Se falarmos de Urbanismo, a construção modular marcará o design de interiores, tal como se refere no livro de tendências Inspiring Living For Tomorrow. Lifestyle Trends 2024 by Neolith. E a resposta é a criação de espaços microliving, onde a autonomia do design cabe aos utilizadores. Além disso, a preocupação pelo meio ambiente será igualmente ponto essencial na construção de novas cidades.
Cidades cada vez mais compactadas
De acordo com o relatório de tendências da Neolith, prevê-se que a população mundial exceda os 9,8 mil milhões até 2050, dos quais cerca de 70% (6,7 milhões) viverá em zonas urbanas. Os números representam um aumento significativo na densidade das cidades. Densidade esta que irá influenciar a forma como as novas metrópoles serão moldadas, onde o espaço se tornará cada vez mais valioso, e a tendência será criar cidades cada vez mais autosuficientes. Um exemplo curioso, e simultaneamente insólito, mas que mostra muito bem esta necessidade, é The Line, a cidade do deserto que está a ser construída na Arábia Saudita. Através de uma arquitetura linear de 170 km de comprimento e apenas 200 metros de largura, representa esta compactação no meio do deserto. Construída com paredes espelhadas, a sua principal premissa é que não haverá ruas nem carros, livre assim de automóveis e emissões de carbono, refletindo a necessidade de espaço urbano e energia limpa exigida pelas cidades do futuro e pelos seus habitantes.
Espaços microliving
Esta densidade influi, por outro lado, no projeto de construção das casas das novas cidades do futuro. A solução é o microliving, uma conceção flexível e engenhosa que aproveita ao máximo o espaço disponível e integra espaços e serviços partilhados, tais como lavandarias ou jardins para facilitar a interação humana.
A construção modular marcará o design de interiores nestes espaços com estruturas polivalentes, transformando o design em algo de divertido, personalizável e autónomo.
Greentecture, a arquitetura verde
A Greentecture ou arquitetura verde, visa tornar os edifícios mais amigos do ambiente e, a longo prazo, tornar as cidades mais habitáveis. As metrópoles consomem atualmente 75% dos recursos naturais do planeta e são responsáveis por 70% das emissões globais de CO2. Por oposição, a Greentecture, um conceito muito bem explicado em Inspiring Living For Tomorrow, cria cidades mais habitáveis e sustentáveis, onde os arquitetos e os seus habitantes devem fazer parte da solução, uma vez que qualquer atividade humana gera um impacto no ambiente, e a construção não é uma atividade de baixo impacto.
A escassez de recursos deve obrigar-nos a tomar medidas e a evitar, tanto quanto possível, o nosso impacto no meio ambiente, assim como deixar de fazer parte do problema e passar a fazer parte da solução.
Se o assunto lhe interessa e quer saber mais acerca de como serão as cidades do futuro, clique aqui.